A deficiência de vitamina D parece estar ligada a um prognóstico desfavorável em toda uma série de doenças. Inversamente, uma variedade de efeitos benéficos é atribuída à substituição, e também parece ter um efeito bastante positivo em relação à prevenção de exacerbações na COPD.
A revisão sistemática e a meta-análise [1] resumiram pacientes de quatro ensaios controlados aleatorizados (TCR) (n=560) que tinham recebido vitamina D3 oral versus placebo. Os pacientes foram avaliados quanto à taxa de exacerbações moderadas a severas.
O resultado foi apresentado pelo Professor Dr. Claus Vogelmeier, Clinic for Internal Medicine, Focus Pneumology, Hospital Universitário Giessen e Marburg, no Pneumo-Update em Mainz (D): Ao avaliar a população total, a taxa de exacerbações moderadas/severos COPD foi de 0,94 no grupo de intervenção. Assim, nenhum efeito relevante de substituição foi detectável. Contudo, quando os doentes foram decompostos de acordo com os seus níveis de vitamina D, foi observado um sinal claro no subgrupo com níveis baixos de vitamina D: os efeitos protectores foram detectáveis nos participantes com um nível de vitamina D medido na base <25 nmol/l (RR 0,55 ajustado). No entanto, este efeito não foi observado com níveis de vitamina D de pelo menos 25 nmol/l (RR 1,04 ajustado) (Fig. 1).
Assim, na presença de níveis reduzidos de vitamina D, a substituição pode ter efeitos benéficos significativos sobre a taxa de exacerbação. Por conseguinte, deve ser considerado para o futuro se a administração do fármaco também pode ser utilizada como medida preventiva em pacientes com exacerbações recorrentes.
Conclusão
- A substituição da vitamina D deve ser considerada em doentes com exacerbações recorrentes e baixos níveis sanguíneos.
- A terapia é barata e segura.
Literatura:
- Jolliffe DA, et al: Vitamina D para evitar exacerbações da DPOC. Tórax 2019; 74: 337-345.
InFo PNEUMOLOGIA & ALERGOLOGIA 2019; 1(3): 36