Os diagnósticos conjuntos podem ser cobertos radiologicamente com vários procedimentos. Na maioria dos casos, é também possível um diagnóstico fiável.
O pré-requisito para a selecção do procedimento médico radiológico-nuclear adequado é a informação do remetente sobre os sintomas existentes, mecanismo de acidente, doenças metabólicas relevantes (por exemplo, gota, diabetes mellitus, alterações vitamínicas, perturbações hormonais), resultados laboratoriais em caso de suspeita de alterações inflamatórias nas articulações, operações anteriores ou doenças genéticas. O quadro 1 mostra quais os métodos de diagnóstico que podem ser utilizados, dependendo do problema.
Muitos problemas de articulação já podem ser detectados por raios X em dois planos. Conhecendo os sintomas e os resultados paraclínicos, a sintomatologia radiológica geral pode ser atribuída às três estruturas básicas das articulações (Tab. 2) [1].
Sonografia e ressonância magnética mais sensível do que a radiografia de projecção
As alterações inflamatórias-degenerativas já podem muitas vezes ser diagnosticadas através da análise sistemática dos resultados dos raios X e do conhecimento da constelação de valores sintomatológicos e laboratoriais, se necessário. Contudo, é também importante saber que a sonografia e a ressonância magnética, por exemplo, detectam processos patológicos das articulações mais cedo e de forma mais sensível do que a radiografia de projecção, e que os resultados negativos de raios X, especialmente no caso de uma constelação clínica e paraclínica correspondente, não excluem um processo precoce da doença e também fornecem pouca informação sobre a actividade da doença e a patologia dos tecidos moles que a acompanha no curso [2]. É da responsabilidade do radiologista apontar esta situação especial e a possibilidade ou a necessidade de diagnósticos de imagem direccionados e diagnósticos diferenciais.
Evitar o sobrediagnóstico
Por outro lado, diagnósticos radiológicos eficazes devem também transmitir a segurança do diagnóstico aos colegas de tratamento, bem como aos pacientes, e evitar o sobre-diagnóstico ou a sobre-terapia em certos casos, as lesões “deixem-me em paz” dos ossos e articulações próximas das articulações (também chamadas lesões “não me toquem”). São alterações tumorais reactivas, por vezes ainda fisiológicas ou benignas, cuja morfologia da imagem é geralmente tão clara que um diagnóstico pode ser feito com certeza no aspecto geral da informação anamnéstica, clínica e paraclínica (visão geral 1) [3].
Vantagens e desvantagens da imagem por ressonância magnética
A ressonância magnética retrata as estruturas internas das articulações e também o tecido paraarticular de uma forma incomparável como nenhum outro procedimento de imagem. Alterações patológicas tais como edema, hemorragia ou inflamação são visualizadas com segurança, tal como os danos ligamentares, cartilagíneos e meniscais. Para além do elevado contraste dos tecidos moles, as vantagens incluem a visualização multiplanar dos processos patológicos e a falta de exposição à radiação [4]. A maior desvantagem do método é a susceptibilidade a artefactos com próteses articulares implantadas ou outro material metálico na área de exame. Mesmo condições pós-operatórias podem levar a uma limitação da capacidade de avaliação da região da articulação no caso de abrasão microscópica do metal.
A cintilografia perdeu a sua importância, excepto em doentes oncológicos com a questão da metástase esquelética. As cintilografias esqueletais multifásicas que costumavam ser realizadas quando se suspeitava que a artrite já não ocorria na prática.
Estudos de caso
Nos casos aqui apresentados, é dada prioridade às diversas informações fornecidas pela imagem por ressonância magnética no diagnóstico conjunto. Para este efeito, são comparados os raios X e os métodos de imagem de corte transversal. A informação sobre a história e os sintomas limita-se a alguns detalhes, a fim de se concentrar nas diferentes informações sobre a imagem.
Literatura:
- Klauser AS, Wörtler K, Jaschke WR: Sintomatologia radiológica geral das articulações periféricas. Radiologia up2date ; 3: 211-228.
- Kainberger F: Imaging of inflammatory rheumatic systemic diseases of the musculoskeletal system. Radiologia up2date 2004; 4: 395-416.
- Hamers S, Freyschmidt J: “Deixem-me em paz as lesões” do osso – parte 1. Radiology up2date 2002; 2: 189-214.
- Burgener F, et al: Diagnóstico diferencial na ressonância magnética. Georg Thieme Verlag: Stuttgart/New York 2002: 354.
PRÁTICA DO GP 2019; 14(9): 40-42