A campanha, lançada em 2019, visa fornecer aos doentes conhecimentos sobre a sua doença inflamatória crónica da pele e promover o empowerment. Ferramentas de gestão de doenças baseadas na Web oferecem, entre outras coisas, a possibilidade de criar um guia personalizado do paciente.
A rosácea afecta cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo [1]. Os sintomas característicos desta preocupante dermatose são ruborização, eritema persistente e lesões inflamatórias. De acordo com dados publicados em 2019, aproximadamente 82% dos pacientes consideram a sua doença incontrolável e em 20% a doença cutânea leva a limitações substanciais na vida quotidiana [2].
Guia personalizado do paciente
“As melhores consultas são aquelas em que os pacientes estão equipados com uma lista de sintomas e factores desencadeantes e podem fornecer informações sobre tentativas de tratamento anteriores. Com esta informação, o tratamento pode ser adaptado ao paciente para quebrar o ciclo vicioso desta doença inflamatória crónica da pele”, diz a Dra. Melinda Gooderham, Directora Médica do SKiN Centre for Dermatology, Ontário (Canadá). Para além de um questionário sobre os sintomas individuais e os seus efeitos na vida quotidiana dos pacientes, são também abordados tratamentos anteriores. As respostas fornecem a base para um guia personalizado, que pode ser utilizado para a próxima consulta. “Cada um dos nossos pacientes é único e tem um historial de doença individual; quanto mais compreendermos o historial de cada paciente, mais planos de tratamento personalizados podem ser oferecidos”, diz a Dra. Linda Stein-Gold, Chefe de Divisão de Dermatologia, Henry Ford Health System, Michigan (EUA).
Sem tratamento, a condição deteriora-se visivelmente
Tanto homens como mulheres adultos podem ser afectados pela rosácea, e a doença aparece geralmente após os 30 anos de idade. As áreas centrais do rosto são sobretudo afectadas, tais como as bochechas e a zona do nariz. O envolvimento da área do olho (por exemplo, vermelho, seco, comichão) também é generalizado. As causas da doença ainda são objecto de investigação, mas são conhecidos vários factores desencadeantes, incluindo alimentos picantes, álcool, stress emocional, exposição ao sol/UV, banhos quentes ou bebidas quentes. Se não for tratada, a condição piora com o tempo. As pessoas que suspeitem poder ser afectadas pela rosácea devem consultar um dermatologista ou outro profissional médico para discutir opções de tratamento. Por ser uma doença muito visível, é muito estigmatizada e leva a sentimentos de vergonha e medo nos que sofrem, o que pode levar à frustração e está associado a efeitos negativos na vida quotidiana.
Mais informações sobre o projecto e os benefícios para os doentes estão disponíveis no sítio www.faceuptorosacea.com.
Fonte: Galderma
Literatura:
- Sociedade Nacional de Rosacea 2018. Novo estudo encontra 415 milhões de pessoas que podem sofrer de Rosacea no mundo inteiro. Disponível em: www.rosacea.org/press/2018/july/new-study-finds-415-million-people-may-suffer-from-rosacea-worldwide, último acesso: Outubro de 2019.
- Rosacea: Para além do relatório online visível, http://hosted.bmj.com/rosaceabeyondthevisible, acedido pela última vez em Outubro de 2019.
PRÁTICA DA DERMATOLOGIA 2019; 29(6): 43